Tal como refere a notícia "é um verdadeiro escândalo" e não é para menos. Triste país de burocracias e burocratas e os doentes necessitando de fazer a diálise, continuam as suas estúpidas viagens para cidades distantes, procurando melhores condições de vida e um Centro de Diálise por iniciar a sua actividade aqui tão perto.
Em seguida reproduzo a notícia publicada em 15-06-2006 pelo "Jornal do Fundão".
"Não constitui exagero classificar de escândalo o que se passa com o Centro de Diálise da Covilhã, uma obra de grande transcendência para a cidade e uma região carenciados deste tipo de equipamento da saúde e que, por isso, desde há muitos anos se debatem pela sua criação.
Vá lá saber-se porquê (o JF tentou mas ainda não conseguiu), a Certiel – Associação Certificadora de Instalações Eléctricas, ainda não deu qualquer resposta ao pedido da empresa proprietária do Centro de Diálise, a Iberoimagem, para realizar a vistoria e a certificação da instalação eléctrica do edifício. E já lá vão três meses! O pior é que o impasse – injustificável em qualquer situação mas muito mais quando está em causa um equipamento considerado vital para a saúde de centenas de pessoas – está a originar graves prejuízos que têm a ver, principalmente, com o atraso na abertura de uma obra tão importante que já está concluída e equipada.
Face à impossibilidade de contactar o director clínico do Centro de Diálise e sócio da empresa, Ernesto Rocha, o “JF” contactou outro dos responsáveis da Ibero-imagem, Brito Rocha, que nos confirmou a lamentável história. “Desde Março que enviámos todos os documentos necessários e até hoje ainda ninguém foi vistoriar a instalação eléctrica do Centro”. E como a Certiel, pelos vistos, não ata nem desata, a empresa, a cidade e, principalmente os doentes, estão à beira de um ataque de nervos devido a uma demora que deixa transparecer desleixo e incompetência.
Convém recordar, a propósito, que o Centro de Diálise, um investimento de cerca de cinco milhões de euros (um milhão de contos) da “Iberoimagem”, de três clínicos da região – Ernesto Rocha, Brito Rocha e Fernando Jorge – irá terminar com o drama de mais de uma centena de doentes renais da Cova da Beira que diariamente se debatem com incómodas e custosas viagens para a Guarda, Castelo Branco e, por vezes, a Abrantes e Coimbra, para receber assistência.
Como é possível que depois de três meses a vistoria continue por fazer e nem sequer haja uma justificação para tamanho atraso? Desiludido, Brito Rocha afirma que “esta situação é incompreensível, sabendo a Certiel que se trata de uma unidade de saúde de hemodiálise que faz imensa falta à região”. Além disso, sublinha, o próprio Estado “está a suportar encargos brutais com a deslocação dos doentes”. Enquanto a Certiel não realizar a certificação da electricidade, o Centro não pode avançar com a ligação das águas. Um processo que Brito Rocha diz que será breve porque o presidente da Câmara tem evidenciado o maior interesse pela abertura da obra. Numa primeira fase o Centro atenderá 107 doentes e vai abrir já com lista de espera".
domingo, junho 18, 2006
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