domingo, junho 18, 2006

«O bloco de partos deve ficar na Covilhã»


Trata-se de um extracto de uma entrevista concedida pelo Dr. Vitor Pereira e publicada no semanário "Jornal do Fundão" de 15-06-2006.

Pela minha parte nem sequer comento porque a entrevista vale o que vale e nada mais. Toda a gente sabe quem é o Partido Socialista na cidade e no concelho. E os homens do "aparelho" onde entram eles? Neste momento estão bem ocupados, mas responda quem souber.



- Há quem diga que teve o mérito de acabar com alguns “velhos do Restelo”...

- O PS da Covilhã não difere muito de outros a nível nacional. É um partido muito aberto. Sou dos que defendem que os partidos são os grandes interlocutores entre a sociedade e o Estado. Os partidos com estas características têm, de facto, pessoas que nem sempre rumam para o mesmo lado.


- Houve necessidade de rejuvenescer o PS?

A aposta tem de ser, sobretudo, direccionada para os jovens e é isso que temos feito. Deles depende a sobrevivência do partido e, no fundo, da própria sociedade civil. O PS da Covilhã tem uma série de quadros muito qualificados, gente nova com muita competência e categoria, alguns com projecção nacional.

- Ou seja, conseguiu tirar o PS do marasmo?

- Penso que o PS terá melhorado um pouco mas não o suficiente. Precisa ainda de trilhar outros caminhos. Numa cidade universitária como a Covilhã, onde já vamos tendo uma elite pensante, o PS tem de atrair para o seu seio essa mesma elite. Toda a gente é bem vinda mas os partidos precisam de pessoas que pensem, que vêem o futuro por outra óptica.

- Foi recentemente reeleito para a concelhia. Que projectos para o novo mandato?

- Para além dessa grande ambição de enriquecer a direcção do partido com novos quadros entendemos que o partido não pode fechar-se na sede, que deve estar presente nas freguesias. Essa é a grande batalha. O partido é que tem de ir ter com as pessoas. Só dessa forma o PS estará suficientemente habilitado a conquistar a Câmara e a trabalhar em prol das grandes causas do concelho.
(...)

- Entre essas causas está a das maternidades?

- O Governo andou bem ao pugnar para que se criem blocos de parto de excelência e, no caso da região, entendeu que seria o Centro Hospitalar da Beira Interior a decidir. Confio no alto critério e na sabedoria dos médicos e dos administradores dos hospitais. A escolha não vai ser fácil mas digo de forma muito desassombrada que o bloco de partos do Centro Hospitalar da Cova da Beira, do ponto de vista objectivo e científico é, porventura, o que reúne melhores condições. Acresce ainda que está junto de um hospital universitário, onde existe um centro de reprodução humana genética. Aceitarei sempre de forma democrática e ordeira a decisão que vier a ser tomada mas a minha opinião, sem bairrismos e baseada em factos objectivos, é que o bloco de partos deve ficar na Covilhã.

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